A ressaca após as festas dos nossos filhos

não, não é ressaca de aviar minis e gin tónico, é mesmo aquela sensação de finalmente acabou!
Eu ainda sou do tempo em que as festas infantis resumiam-se a tacinhas de gelatina, sandes triangulares, línguas de gato do pacote e rebuçados. Metia-se os Onda Choc a tocar em altos berros, jogava-se ao quarto escuro, por vezes ao bate pé, seguia-se o parabéns a você e estava feita a festa.
Agora a sociedade mete tanta pressão numa pessoa, que nos vemos obrigados a fazer um festão do caraças, sob pena de sermos referenciados à CPCJ por desprezo infantil.
Eu adoro preparar as festas dos meus filhos, vibro com os detalhes e preparo tudo com grande antecedência para evitar a confusão de última hora. No entanto, dá tanto trabalho, tantos nervos, tantas idas ao chinês comprar merdas, que quando acaba até sinto o meu corpo a levitar.
São meses a fazer convites, labels personalizadas, sacos e saquinhos, piñatas para rechear de açúcar, ceninhas para decorar palitos, grinaldas, rótulos para garrafas, sinalética de exterior, adornos diversos e o diabo a sete. Tanto detalhe e pormenor que nos lixa euros e os neurónios.
As festas ficam amorosas, os miúdos adoram, mas nós mães ficamos exaustas com tanto stress acumulado. Noites e noites a deitar às quinhentas, dedos com bolhas de tanto recorte, outros queimados da cola quente e uma casa em alvoroço.
Quando é que a simplicidade volta a estar na moda?